Uma revisão da literatura médica [1] sobre acesso a saúde das pessoas LGBTQI+ realizada por uma equipe brasileira [2] encontrou informações que permitem concluir existir uma determinação social da homofobia (e, por extensão, de transfobia) que tem impacto no acesso aos serviços de saúde. Determinação social significa a existência de fatores não relacionados às pessoas individualmente, mas ao contexto social e cultural em que vivem.
estudo peruano com 2363 pessoas encontrou rejeição de 89% a homossexualidade e 88% a homossexualidade e bissexualidade femininas;
estudo brasileiro, informou que das 846 pessoas entrevistadas, 67% sofreram discriminação por serem homossexuais e 59% já haviam sido vítimas de alguma violência;
estudo canadense observou que a demonstração de afeto entre pessoas do mesmo gênero despertou a repulsa entre profissionais de saúde;
em uma unidade de saúde de Fortaleza, Ceará, esta população teme informar sua orientação sexual pelo receio de impacto negativo sobre o atendimento;
o medo e a vergonha pelas represálias sofridas após informar a orientação sexual em unidades de saúde colaboram para a existência de depressão, ansiedade, distúrbios de relacionamento, compulsão sexual, uso de drogas;
é mais fácil procurar o balconista da farmácia em busca de auxílio, que o(a) profissional habilitado(a);
a automedicação leva frequentemente a uma frequência maior nos setores de urgência e emergência, com potencial maior gravidade dos quadros;
as lésbicas fazem menos consultas preventivas que as heterossexuais, pela experiência negativa acumulada em consultas ginecológicas (onde achados físicos masculinizantes determinam mal-estar ao profissional);
as fontes de informações desta população são as pessoas conhecidas, parceiro(a)s, ONGs, livros, revistas e sites;
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